Como ajudar seu cachorro que está comendo fezes

Como ajudar seu cachorro que está comendo fezes
Como ajudar seu cachorro a parar de comer fezes
 
O que a coprofagia te diz sobre a saúde e os hábitos do seu cachorro.
 
Coprofagia é basicamente o ato de comer fezes. Um comportamento comum em cães que, embora nojento para os humanos, para eles é apenas mais uma forma de obter alguns nutrientes. Sendo assim, não é possível dizer que coprofagia tem remédio, ou mesmo um tratamento ou cura, pois não se trata de uma doença propriamente dita.
 
O fato do cachorro consumir fezes para buscar nutrientes é justamente o que mais dificulta qualquer ação para quebrar esse hábito. Pois na visão do seu cãozinho, aquilo faz bem para ele.
 
Este comportamento indesejável muitas vezes afasta o dono de seu animal, e cria uma preocupação totalmente compreensível – mesmo que, na grande maioria dos casos, não se trate de um comportamento que revela uma doença ou deficiência nutricional grave.
 
As dúvidas sobre isso são rotineiras em qualquer clínica veterinária, e sim, há solução para isso com uma abordagem multifatorial.
 
A base para resolver este problema está na rotina e na alimentação do seu cão.
 
É tão importante que os tutores reconheçam os fatores que levam a esse distúrbio de comportamento, quanto saberem como e o que fazer para prevenir ou acabar com esse comportamento.
 
A segui listamos 6 das causas mais comuns que podem influenciar seu cachorro a comer fezes, e dicas para lidar com cada uma delas:
 
1. Excesso de alimentação.
 
Quando o animal recebe mais alimento do que necessita, o organismo não consegue digerir e absorver o excesso de nutrientes, deixando as fezes ricas de nutrientes, portanto mais palatáveis e nutritivas para o cachorro. Consequentemente, seu amigo vai se sentir mais tentado a experimentá-las.
 
Este erro pode ser corrigido de forma simples, com a orientação veterinária, e seguindo a tabela de quantidade ideal de ração para o animal, indicada no verso da embalagem.
 
2. Pouco alimento.
 
Da mesma forma que o excesso, o fornecimento de alimento em quantidade inferior a necessidade diária também é fator desencadeante de coprofagia. Como o animal fica com fome em um período mais curto após a refeição, ele fica estimulado a procurar algo a mais para comer.
 
O meio de correção neste caso é o mesmo do anterior: ajustar as quantidades oferecidas ao seu animal, de acordo com as sugestões no verso da embalagem de ração.
 
3. Alimento de baixa qualidade.
 
Neste caso mesmo que as quantidades estejam corretas, a qualidade do alimento não supre as exigências nutricionais dos animais, fazendo com que eles procurem nas fezes uma forma de suplementação.
 
Priorize sempre a qualidade do alimento do seu animal. Se necessário, busque orientação veterinária sobre qual marca ou variedade é mais recomendada para a raça, ou estilo de vida do seu cão, por exemplo
 
4. Frequência de alimentação.
 
Animais que ficam mais tempo sem comer têm maior tendência de desenvolver coprofagia. O que acontece aqui é similar aos casos anteriores de subalimentação e alimento de baixa qualidade: o cão busca fonte de suplementação para suas necessidades. Nesse caso, também pode ser um forma de se distrair da fome.
 
No caso de cães que já desenvolveram a coprofagia, a frequência da alimentação deve ser aumentada para duas ou mais vezes ao dia, sempre respeitando os volumes sugeridos para não exceder a quantidade diária recomendada.
 
5. Estresse.
 
Este é outro fator muito importante. Animais com níveis de estresse elevados tendem a apresentar distúrbios de comportamento, e a coprofagia pode ser um deles. É comum na rotina veterinária evidenciar animais sob estresse de confinamento - que ficam muito tempo presos - apresentarem coprofagia.
 
Há também casos de animais que passam muito tempo sozinhos, sem interação. Isso geralmente significa que o animal passa mais tempo ocioso, sem atividade, acarretando em estresse e ansiedade. Isso deixa as fezes muito mais atrativas aos cães, quase como um passatempo nutritivo.
 
Diferenciar a rotina do seu cão é sempre saudável. Caminhadas diárias em lugares diferentes, atividades novas e brinquedos que despertem a sua atenção ajudam a diminuir o nível de estresse, melhorando as chances de resolver o problema.
 
6. Saúde gastrointestinal.
 
É fundamental para prevenir a coprofagia, e corrigir efetivamente esse comportamento, que o animal esteja com a microbiota gastrointestinal equilibrada.
 
Aditivos prebióticos e probióticos são recomendados para manter esse equilíbrio, e não apresentam qualquer contraindicação, ou risco ao seu animal. Produtos naturais à base de leveduras ajudam na manutenção do equilíbrio intestinal, o que acarreta diretamente uma melhora em todo o sistema imunológico e digestivo do seu cãozinho.
 
Novamente, esse tipo de produto não é um remédio ou um tratamento para a coprofagia, mas um modo de ajudar a prevenir ou interromper o hábito de comer fezes do seu animal.
 
 
Um dos produtos mais recomendados atualmente com essa função é o o ProSacc Pet®, que age de forma e eficaz para recuperar o equilíbrio da microbiota intestinal do seu animal, contribuindo para melhor absorção de nutrientes, combatendo diretamente a coprofagia.
 
Mesmo que estas orientações que apliquem a maioria dos casos, é sempre indicado procurar o seu médico veterinário para que seja realizada uma avaliação específica do seu animal, especialmente se nenhuma das medidas apresentadas surtir qualquer efeito.
 
Cada cachorro apresenta um perfil diferente, e deve ser tratado da forma que melhor resolva as suas necessidades.
 
Diego Michels – Médico Veterinário
Graduado em Medicina Veterinária pela UFPR
Clínica Veterinária Hope |Indaiatuba/SP]
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